Trazido para o Brasil em 2003, o Movimento BAWB vê o mundo dos negócios como um importante agente para uma sociedade melhor. No Paraná, o evento deste ano reuniu mais de 870 pessoas interessadas ou envolvidas em ações de responsabilidade social empresarial
BAWB Brasil já é instigante no nome. A sigla significa Business as an Agent of World Benefit (Negócios como Agentes para Um Mundo Melhor). Esse movimento surgiu em Baltimore (EUA), logo após os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001, como iniciativa de um grupo de pessoas interessadas em repensar o papel das empresas no cenário de mudança e desenvolvimento social global.
O objetivo principal do BAWB é disseminar experiências inovadoras, desenvolvidas por empresas lucrativas, que promovem o desenvolvimento sustentável e trazem benefícios para a sociedade. Desta forma, o movimento busca propiciar ao setor mundial de negócios a oportunidade de agir alinhado aos maiores interesses da humanidade e do mundo, enquanto, ao mesmo tempo, avança em crescimento e lucratividade.
O Movimento BAWB chegou ao Brasil em 2003 através do Sistema FIEP. Hoje o BAWB está presente não só nos EUA e Brasil, mas também na China, Nepal e Rússia, e está em processo de estabelecimento do movimento no Paquistão, Argentina e Japão.
Em 2005, foi realizada a 3ª Conferência Internacional BAWB Brasil, realizada pelo Sistema FIEP e Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Curitiba (PR). O evento contou com a participação de 871 pessoas interessadas em conhecer o Movimento BAWB, que surgiu nos Estados Unidos em 2001 e está ganhando o mundo, e também conhecer cases de sucesso de empresas que investem em ações sociais com resultados concretos para a sociedade e, ao mesmo tempo, geram lucro.
Ao todo foram apresentadas 53 experiências de empresas, associações e cooperativas, arranjos produtivos locais (APLs), agências de desenvolvimento regional (ADRs), parques tecnológicos, empresas solidárias e organizações cidadãs do terceiro setor.
Para o presidente do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná, Rodrigo da Rocha Loures, as empresas têm um grande desafio pela frente, que é o de realizar ações que garantam um futuro sustentável para as próximas gerações. “Para tanto, precisamos de um novo estilo de liderança, de pessoas que gerenciam seus negócios pensando-os como processos sociais. Não podemos mais trabalhar com foco na geração de lucro para a empresa, sem pensar na sociedade e no meio ambiente”, diz Loures, que foi responsável por trazer o BAWB para o país. “As ações das empresas têm impacto direto no futuro do planeta e da humanidade”, conclui.
E foi para motivar e incentivar que, cada vez mais, as empresas lucrativas brasileiras invistam em projetos de responsabilidade social que o movimento BAWB Brasil reuniu, em sua terceira conferência internacional, mais de 50 experiências de sucesso nesta área. Empresas como Coca-Cola, Avina, Grupo Orsa, Odebrecht e Bosch apresentaram seus cases na ocasião. “Através dos projetos da Fundação Avina procuramos posicionar a empresa como agente de transformação social. Queremos contribuir para a construção de uma América Latina integrada, solidária e democrática”, diz representante da Fundação Avina no Brasil e na Colômbia, Valdemar de Oliveira Neto, o Maneto.
A conferência também contou com a presença da diretora executiva do BAWB Mundial, Judy Rodgers, que ficou muito satisfeita com o que viu ser apresentado no Brasil. “Mais uma vez vimos aqui ótimas experiências de como empresas podem ajudar na construção de um mundo melhor”, disse Judy ao entregar para a BAWB Brasil um Prêmio de Excelência e Associação em nome do movimento mundial.
Site: www.bawb.org.br
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