Frequentadores do Poizé

Brasília ganha espaço gastronômico que valoriza critérios ambientais no projeto arquitetônico

Um novo conceito de restaurante chega à Brasília. Trata-se do Poizé, um empreendimento construído dentro de uma política ambientalmente correta, com o uso de madeira de reflorestamento e azulejos fabricados em uma pequena empresa local.

Assinado pelo arquiteto, Luiz Henrique Muniz, da empresa Loy Arquitetura, o projeto arquitetônico valorizou a utilização de matérias-primas extraídas de forma sustentável. As paredes, colunas e todo o mobiliário fixo são feitos com madeira de demolição, evitando o corte de novas árvores e o teto é todo em pinho de reflorestamento. “A idéia foi utilizar tábuas de obra comum, que conferem ao local um aspecto rústico e ao mesmo tempo não agride o meio ambiente”, explica o arquiteto.

O piso também é sustentável. Os azulejos são artesanais e feitos por uma fábrica local, que agride menos a natureza por gerar pouquíssimos detritos ao meio ambiente. O processo promove, ainda, o desenvolvimento local, com a geração de trabalho e renda, por incentivar o trabalho de uma pequena empresa.

Segundo o arquiteto a alternativa ainda é cara. “Com a discussão do aquecimento global, a consciência ambiental virou moda e naturalmente aquilo que não se dava valor ficou muito valorizado. Em alguns casos, o produto de demolições chega a ser mais caro do que a matéria-prima nova”, destaca.

Cartilha das construções verde
Para ser considerado um empreendimento verde é essencial garantir o máximo de eficiência energética, o uso da água deve ser racional, os materiais devem ser de origem ambientalmente correta e a área externa deve contribuir para a preservação da biodiversidade.

A cartilha da construção sustentável prevê, ainda, que os fornecedores fiquem próximos às obras, dessa forma elimina-se a necessidade de deslocamentos e minimiza a emissão de poluentes com os transportes.

O projeto do Poizé não prevê a captação da água da chuva e utilização de luz natural, por exemplo. “Por se tratar de um subsolo não houve essa preocupação”, justifica Luiz Henrique Muniz. “Mas demos a nossa pequena colaboração para a salvação do planeta”, completa.

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