Aplicações responsáveis registraram retorno médio de 10,54/% e acumulam patrimônio líquido de R$ 1,6 bilhão
Dados divulgados pela Associação das Entidades do Mercado Financeiro (Anbima) apontam que os fundos de investimento enquadrados nas categorias “sustentabilidade” e “governança corporativa” tiveram retorno de 10,54% nos últimos doze meses. A análise foi feita entre junho de 2010 e maio de 2011 e mostrou também que o patrimônio líquido dessas aplicações atingiu R$ 1,6 bilhão.
A rentabilidade do FIA Votorantim Sustentabilidade, por exemplo, foi de 20,89% no período. A aplicação inicial desse investimento é de R$ 50 mil e o grau de risco é alto. Para se ter uma ideia, o fundo Equity Long Short 15, operado pelo mesmo banco e com aplicação inicial de mesmo valor, teve retorno de 10,58% nos últimos 12 meses.
Apesar dos investimentos responsáveis representarem apenas 1% do total do setor do país, na avaliação de especialistas esse mercado tende a crescer, porque o interesse tem registrado alta. Nos Estados Unidos, por exemplo, são 493 fundos com esse escopo é cerca de US$ 1 em cada US$ 8 investidos no país está envolvido em algum investimento responsável.
Atualmente, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) tem quatro índices relacionados à responsabilidade social: ISE (de Sustentabilidade das Empresas); ICO2 (Carbono Eficiente); IGC (Governança Corporativa) e IGCT (Governança Corporativa Trade). A expectativa é de que ainda neste ano, a Bolsa tenha três fundos vinculados aos índices ISE, IGC e ICO2.
Mercado em alta
Mesmo sem ter uma linha específica para projetos voltados para sustentabilidade, os empréstimos da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) para este segmento têm registrado crescimento de 20% ao ano. Números divulgados pela agência na última sexta-feira (22) mostram que desde 2002 a instituição direcionou cerca de R$ 3 bilhões para o setor.
Somente em financiamento reembolsável, o aporte é de R$ 2 bilhões. Nessa cifra entram 99 projetos contratados ou em contratação desde 2004, o que corresponde a 35% do total da carteira. Entre os principais segmentos contemplados, é possível citar projetos relacionados à redução de carbono, que contaram com apoio de R$ 1,6 bilhão.
O valor emprestado dentro da carteira não reembolsável soma R$ 960 milhões. Também nesta linha, projetos para diminuição de carbono estão no topo da lista, representando 85,2% do total contratado, o que significa R$ 817,4 milhões.
Ainda de acordo com o balanço, a região Sudeste lidera nas contratações da carteira reembolsável, respondendo por 46% do total; seguida do Sul do país, com 34%; Nordeste, com 20%; e Centro-Oeste, com menos de 1%. A região Norte não apresenta operações.
(Com informações da Folha de São Paulo e da Finep)
Anbima – Telefone: (21) 3814-3800 e Finep – Telefone: (21) 2555-0758
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