Leia aqui sobre as principais notícias sobre responsabilidade social e terceiro setor:
Capacitação é a chave para ocupar as cotas, “O Liberal” (14/07/2005)
“Projetos aparentemente modestos, na área de educação, capacitação e prevenção, podem ter um grande alcance social e trazer dividendos para as empresas e o mercado de trabalho. Para as pessoas portadoras de deficiência esse tipo de projeto tem reflexos ainda maiores, já que um dos maiores problemas das empresas para cumprir a lei de cotas para deficientes é a falta de qualificação dos candidatos. Para reduzir essa barreira, a Associação Paraense de Pessoas com Deficência (APPD), que atua há 23 anos no Pará, desenvolve há quatro anos projetos de educação e capacitação voltados para deficientes e famílias. Os cursos são de informática, relações interpessoais, secretariado e outros, com turmas intercaladas. Os participantes não pagam nada, graças a parcerias com instituições públicas e privadas. Só na educação de jovens e adultos a APPD já habilitou cerca de 160 pessoas em quatro anos. Nos demais cursos, há duas turmas por ano,com média de 30 alunos cada. No total, nos últimos quatro anos, foram capacitados 360 pessoas com deficiência e parentes. Entre os novos cursos está o de secretariado, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac). Jordecy Santa Brígida, presidente da APPD, diz que a capacitação já trouxe avanços na contratação de portadores de deficiência. Ele destaca como um dos exemplos a Rede Celpa, com a cota preenchida, entre outros exemplos positivos, como universidades, lojas e postos de gasolina. Mas ele aponta barreiras que vão além da capacitação intelectual: “Um grande problema ocorre nos supermercados, onde a jornada e o tipo de atividade geralmente são muitos pesados diante das limitações de alguns portadores de deficiência”. A entidade tem um auditório com capacidade para 400 pessoas, aparelhado com equipamentos de áudio e vídeo. “Muitas pessoas e empresas não conhecem a nossa estrutura, que pode ter um aproveitamento muito maior, por isso continuamos na busca de novos parceiros. Para as empresas, segundo Jordecy, isso ajudaria a resolver a questão da admissão pelas cotas e a reduzir o desemprego entre os portadores de deficiência.” (…)
RSE da Telemar busca democratização do conhecimento através do acesso à informática, “Instituto Ethos” (14/07/2005)
O Grupo Telemar, por meio de parceria com o governo da Bahia, participa do Programa Identidade Digital, uma importante iniciativa de inclusão digital desenvolvida no País. No mês de junho de 2005, foram inaugurados simultaneamente 100 infocentros (centros públicos de acesso à informática) em 56 municípios baianos. Além de investir em infra-estrutura, a Telemar está fornecendo também o Velox, produto de internet em alta velocidade da empresa, gratuitamente por um ano. Cada unidade possui dez computadores equipados com softwares livres e acesso à internet. Desde sua criação, a Telemar assumiu o compromisso de contribuir para o desenvolvimento das comunidades onde atua e com os cidadãos que atende. “Estamos presentes na região com a menor renda do País e temos o compromisso de ajudar no desenvolvimento do Brasil. Podemos contribuir de forma significativa porque, além do provimento técnico, temos expertise na democratização do conhecimento por meio do Projeto Telemar Educação”, garantiu Ronaldo Iabrudi, presidente do Grupo Telemar. A Telemar foi uma das empresas pioneiras no investimento na democratização do conhecimento, através do acesso à informática, lançando, em 2000, o Projeto Telemar Educação (PTE). Com a chancela da Unesco, hoje o programa é bastante abrangente, com uma grande amplitude geográfica, atingindo boa parte do território nacional. Por meio do PTE, 67 escolas públicas localizadas em áreas com os menores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) recebem computadores com acesso à internet, equipados com scanners e impressoras, e têm seus professores treinados e capacitados pela Escola do Futuro da Universidade de São Paulo.(…)”
Família desprotegida é um dos “nós” do ECA, “O Liberal” (14/07/2005)
“Quinze anos depois de criado pela Lei 8.069/90, ninguém duvida que o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) trouxe inúmeros avanços para a sociedade brasileira. Foram criados os conselhos tutelares, a mídia aprendeu a lidar com a complexidade do tema e foram implantados inúmeros programas de combate à violência e ao abuso sexual infanto-juvenil. Mas apesar de tudo isso, não é difícil constatar que um lado dessa história continua desprotegid a família. Mesmo sendo ela considerada como a base da estrutura emocional de um indivíduo, ainda são poucas as iniciativas capazes de amparar ou ajudar pais e mães a superarem seus conflitos e garantir criação digna para os filhos. A prova de que o ECA não vai conseguir ir muito longe, se algo não for feito para amparar as famílias, está no dia-a-dia dos conselhos tutelares. No primeiro conselho de Belém, criado em 1995, no bairro da Cremação, por dia são feitos 20 atendimentos. Desses, sete caracterizam situação de risco para crianças e adolescentes. Os demais envolvem conflitos familiares. Em outras palavras: pais, mães e parentes que carregam consigo problemas com droga, desemprego, histórias de violência também na infância e que acabam descarregando em pessoas que apenas estão começando suas vidas. Um exemplo? Na última segunda-feira, uma mãe e duas filhas aguardavam atendimento no Conselho Tutelar I, às 16 horas. A mulher foi denunciada pelo ex-marido, que entende que ela é culpada por uma das meninas de 15 anos não estar frequentando a escola. A ex-esposa diz que a adolescente deixou de ir às aulas por ter sido abusada sexualmente, na época em que a família ainda estava unida, e culpa o ex-companheiro por ele nunca ter feito nada a respeito, tendo inclusive camuflado a história, segundo ela.” (…)
Definindo o valor de fazer bons negócios, “Valor Econômico” (07/07/2005)
“É impossível para diretores evitar a responsabilidade social empresarial (RSE). Nenhum administrador pode descartar a RSE, mas a questão mais ampla e premente é: “O que isso significa?” RSE é um dos raros tópicos de negócios cuja existência em si é regularmente questionada. Quase ninguém nega, porém, que as questões levantadas sob essa bandeira são importantes: o ambiente (inclusive sustentabilidade), obrigações para com os empregados, fornecedores e operações em países em desenvolvimento, relações com o governo do país anfitrião, relacionamentos com as comunidades locais e as regras sobre presentes e pagamentos sensíveis. As definições de RSE variam das mais amplas, que se concentram em grandes problemas ambientais e sociais, como aids, pobreza, saúde e poluição, particularmente nas economias em desenvolvimento, até as mais específicas, que focam na prática dos negócios com integridade e transparência. O denominador comum é que a motivação da atividade corporativa inclui a preocupação com o bem-estar de algumas das partes envolvidas que não são os proprietários e um compromisso subjacente com princípios básicos como integridade, imparcialidade e respeito pelas pessoas.”
Desenvolvimento sustentável: O recado do Rio, “Jornal do Brasil” (07/07/2005)
“Congresso propõe novos caminhos para se atingir a tão sonhada sustentabilidade e cobra maior participação do governo e da sociedade na luta pela preservação da riqueza ambiental brasileira. “Não acredito em uma cultura e um processo civilizatório que possa levar 20% dos seis bilhões de seres que existem para um futuro sustentável.” Marina Silva, ministra do Meio Ambiente. O êxito do “1o Congresso Ibero Americano sobre Desenvolvimento Sustentável”, realizado mês passado no Marina da Glória, Rio de Janeiro, provou que tanto a sociedade quanto a iniciativa privada já sabem que meio ambiente e progresso econômico podem caminhar de mãos dadas. A idéia de disseminar o conceito de desenvolvimento sustentável para a população e promover uma discussão integrada sobre o tema com acadêmicos, políticos, ambientalistas, empresários e autoridades do Brasil e do mundo, foi o principal objetivo do evento, que reuniu mais de 1.700 pessoas e empresas expositoras, como a Petrobrás, Ambev e Amanco. O presidente executivo do CEBDS e idealizador do Congresso, Fernando Almeida, disse que todas as expectativas em torno do evento foram superadas. “Queríamos quebrar o ciclo pernicioso de que o tema só era discutido pela elite. Levamos o conceito de sustentabilidade para a sociedade brasileira, convidando e estimulando as pessoas a participarem de debates sobre preservação ambiental e crescimento econômico. Atingimos nosso objetivo e isto nos deixa muito confiantes”, afirmou.”
“A América Latina cumprirá as Metas do Milênio até 2015 se conseguir, entre outros desafios, regular um marco jurídico que permita o pleno desenvolvimento dos mercados, disse, nesta quarta-feira (06/07), na cidade espanhola de Santander o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Enrique Iglesias. Iglesias encerrou hoje o IV Encontro com a América Latina, que começou segunda-feira e foi promovido pela Universidade Internacional Menéndez Pelayo (UIMP). O presidente do BID, que a partir de outubro presidirá a Secretaria-Geral Ibero-americana, também disse que seu principal objetivo será “dar o maior conteúdo possível” ao encontros deste grupo de países. Considerando o que foi dito nos três dias do encontro, Iglesias concordou com a idéia de que a América Latina está vivendo um momento de “grande otimismo” e que seus países devem insistir na “condução macroeconômica atual, assimilada após muitos cambaleios e quedas e administrada hoje por gente muito capaz”.Iglesias disse que é imperativo “reconhecer a responsabilidade social crescente como conseqüência das demandas sociais”. Ainda segundo ele, os países devem “desenvolver uma capacidade para enfrentá-las e situá-las no centro de suas preocupações”. As agendas de desenvolvimento da região, disse o presidente do BID, demonstram que “os países estão mais maduros e sensatos, e que têm capacidade para levar adiante políticas de crescimento acelerado que lhes permitam fugir dos grandes dramas sociais”.Segundo Iglesias, neste âmbito “otimista”, o futuro da América Latina dever ser enfrentado com um marco institucional que permita “mais mercado e um Estado melhor”. A reforma do Estado, frisou Iglesias, é “a tarefa mais importante que a região tem hoje”, fora a regulação de um marco jurídico que permita o pleno desenvolvimento dos mercados. Para o presidente do BID, o Estado deve capacitar profissionais e, neste sentido, insistiu na idéia exposta durante o encontro sobre a importância da educação.”(…)
Trabalho social deve enfocar educação e ser descentralizado, “Jornal DCI” (04/07/2005)
As empresas brasileiras, que desenvolvem projetos de responsabilidade social, terão de buscar novas regiões para disseminar as suas práticas de ‘empresa cidadã’. É o que conclui a Pesquisa DCI feita com 15 organizações não-governamentais (ONGs). Além disso, elas terão que se sensibilizar para a importância do aprofundamento na atuação em projetos de educação. Segundo os dirigentes dessas ONGs, as ações sociais voltadas a esta área, são as que mais detêm investimentos da iniciativa privada atualmente. Maju Azevedo, coordenadora do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec), alerta para a necessidade de investimentos na Região Nordeste do País. “Acredito que em poucos anos, o empresariado brasileiro terá de se sensibilizar para a descoberta de novos espaços de atuação, pois ainda temos muitas regiões que estão sem apoio nenhum”, ressalta. A organização não-governamental (ONG) Mundo Novo , não está localizada na Região Nordeste, mas também encontra dificuldade em encontrar parceiros privados. “Infelizmente, as empresas optam em apoiar as comunidades mais próximas às suas sedes. Aproveito para fazer um convite aos empresários: A nossa comunidade ainda não tem nenhum parceiro, precisamos muito de apoio financeiro”, ressalta Bianca Carvalho, coordenadora da organização, que realiza projetos de alfabetização solidária para cerca de 150 pessoas da comunidade de Mesquita, zona periférica do Rio de Janeiro.
“ Relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), divulgado em maio, examinou o trabalho forçado contemporâneo e apontou que ainda existem, no mundo inteiro, 12 milhões de seres humanos vítimas deste tipo de exploração. E não se trata de algum tipo de coerção estatal. Quatro de cada cinco trabalhadores em regime de escravidão atuam para agentes privados, principalmente na economia ”subterrânea” ou informal. A escravidão moderna é, portanto, de um grande negócio que movimenta mais de 32 bilhões de dólares anualmente, soma que ultrapassa o PIB de 100 países. O Brasil integra o relatório. Tem um ponto negativo – ainda há pelo menos 25 mil brasileiros submetidos a condições de trabalho análogas à escravidão; e um ponto positivo – o relatório aponta nosso país como aquele que vem adotando medidas mais eficazes de combate a esta prática vergonhosa. Iniciativas governamentais, como a portaria MTE 540 / 2004, de 15/10/2004, a fiscalização móvel de propriedades, a criminalização de empregadores e o resgate da cidadania das vítimas desta exploração, têm sido fundamentais para o combate a esta prática. Mas, o que também vem dando relevância internacional para o Brasil é o compromisso voluntário e vigoroso do empresariado nacional em combater o trabalho escravo nos diversos setores da economia. Trata-se de um exemplo para o mundo, pois em nenhum outro país as empresas mobilizaram-se para estabelecerem diretrizes que visam a dignificar, formalizar e modernizar as relações de trabalho.”
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