Dados anunciados pela UNFCCC mostram que a média dos aportes por iniciativa é de US$ 45 milhões
Foi divulgado recentemente o estudo “Benefícios do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo 2012″. O relatório, produzido pela Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (UNFCCC), aponta que, no total, US$ 215,4 bilhões foram investidos nos projetos de MDL registrados e encaminhados até junho de 2012.
O estudo analisou as afirmações feitas pelos participantes em seus documentos de concepção do projeto (DCP), submetidos para o registro no MDL. A confiabilidade das afirmações foi verificada, garante a UNFCCC.
A avaliação dos DCPs revelou que o capital investido nos projetos de MDL diverge significativamente de acordo com o tipo de atividade, desde US$ 9 por tonelada de CO2 equivalente/ano para projetos de N2O até US$ 4.004 para os solares. A média dos investimentos por projeto é de aproximadamente US$ 45 milhões, sendo que China e Índia concentraram 65% dos investimentos totais, com 45% dos projetos.
Outro dado interessante, é que o relatório compara as mesmas atividades de projetos no âmbito do MDL e fora do mecanismo. Por exemplo, os projetos de MDL com uso de energia solar fotovoltaica são 15% menos intensivos em capital e os de energia geotérmica e solar-termal custam até 50% menos do que os projetos similares fora do mecanismo.
O estudo defende que o sistema tem cumprido seus objetivos e está fornecendo benefícios extras para os países em desenvolvimento. Examinando cerca de quatro mil projetos de MDL, o estudo levou em conta a contribuição do mecanismo para o desenvolvimento sustentável e para a transferência tecnológica, além da sua distribuição regional.
Para se ter uma ideia, o benefício mais mencionado nos DCPs é o estímulo da economia local por meio da criação de empregos e redução da pobreza, seguido pela diminuição da poluição e incentivo do acesso à energia (renovável e tradicional). O relatório também constatou que as exigências de cada país hospedeiro dos projetos quanto aos critérios de desenvolvimento sustentável variam bastante, porém que os benefícios sociais tendem a ser citados menos do que os econômicos e ambientais.
Ainda de acordo com o estudo, a presença dos projetos de MDL tem, em geral, acompanhado a distribuição do potencial de mitigação de gases do efeito estufa e a disponibilidade capital entre os países. Apesar do número de anfitriões ter crescido, o relatório nota que as economias menores têm poucos, ou até mesmo nenhum projeto. É o caso, por exemplo, das nações africanas, alguns países asiáticos e os menos desenvolvidos.
(Responsabilidade Social com informações do Instituto CarbonoBrasil)
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