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Marco Antonio Rossi

Julho 18, 2020 by admin Deixe uma resposta

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Será realizado de 24 a 27 deste mês, em São Paulo, o Congresso Mega Brasil de Comunicação. O evento debaterá “o Brasil sustentável e as novas fronteiras digitais e sociais da Comunicação Corporativa”. A proposta é contemplar as crescentes iniciativas no campo da sustentabilidade, associando-as à revolução digital e tecnológica que tem provocado mudanças na comunicação contemporânea, particularmente entre as organizações.

O evento contará com três cursos, 40 palestras temáticas e 12 conferências. Haverá, ainda, a entrega do Prêmio Personalidade da Comunicação, que homenageará o professor José Marques de Melo, titular da Cátedra Unesco de Comunicação no Brasil.

Em entrevista exclusiva para o Responsabilidade Social.com, Marco Antonio Rossi, presidente do congresso e diretor da Mega Brasil, avalia a cobertura jornalística de temas ligados à sustentabilidade e como essa pauta avançará no Brasil. Ele destaca, ainda, quais as novas oportunidades que a sustentabilidade corporativa abre para empresas do país. Confira.

1) Responsabilidade Social – Para o senhor, qual o papel da comunicação para a construção e consolidação de uma cultura que valorize as questões ambientais e sociais?
Marco Rossi
– A comunicação é fundamental nesse processo de construção e conscientização da sociedade. Isso porque, a formulação e assimilação desses princípios, na maioria das vezes, implica na quebra de paradigmas e reformulação de conceitos pré-concebidos. Não há causa mais nobre ou projeto mais eficaz que vingue sem o engajamento e comprometimento da sociedade e nesse aspecto, a comunicação é ferramenta fundamental.

Veja alguns casos práticos, como o controle da dengue, por exemplo, que a meu ver enfrenta um obstáculo básico que é a falta de uma comunicação eficaz. Não havendo o efetivo engajamento da sociedade no combate à doença, o problema só tende a aumentar. O vetor convive dentro das casas das pessoas e ali o governo não tem acesso. Não há “fumaçinha” que dê jeito. Eu me lembro, na década de 90, quando era repórter, e comecei a cobrir os casos de dengue. De lá para cá, os números só cresceram, e assustadoramente diga-se de passagem. E os problemas em relação à epidemia continuam os mesmos: não deixe acumular água parada em vasos ou baldes, não deixe a caixa d’água destampada, etc. Ora, se depois de mais de uma década o problema só aumenta e as causas persistem, alguma coisa está errada.

Efetivamente o governo não conseguiu estabelecer uma comunicação eficaz com a sociedade que, em última instância, é quem pode controlar as condições de reprodução do mosquito transmissor da doença. Esse exemplo serve para reforçar não só a importância da comunicação, como também de uma comunicação eficaz e abrangente para a implementação de políticas ligadas ao meio ambiente, saúde, segurança, etc. Comunicação é tudo.

2) RS – Como o senhor avalia a cobertura midiática brasileira desse tema? É possível dizer que melhorou nos últimos anos?
MR
– Acho que melhorou, mas aquém das expectativas. Vivemos o fenômeno da informação por segundo, fomentado por essa ferramenta fantástica que é a internet. Seja por meio de sites, blogs, Twitter e as redes sociais como um todo, a informação caminha hoje quase que na velocidade da luz. Só que essa, que deveria ser uma ferramenta a mais, acabou ditando uma tendência e toda a mídia, mais ou menos, embarcou nessa onda.

Hoje a mídia, de um modo geral, é de consumo imediatista e superficial. Cobre mais assuntos, sem dúvida, mas sempre com certa superficialidade, pouco analisa, pouco reflete, pouco projeta. E assim, o assunto que é o “must” hoje, já caiu no esquecimento amanhã. E assim a gente vive nessa sucessão de temas e pautas, que se revezam cotidianamente e num piscar de olhos caem no esquecimento. Por outro lado, as pessoas já começam a se aperceber da necessidade de tratar de determinados assuntos com mais profundidade, e alguns veículos já perceberam isso.

3) RS – Na sua opinião, quais os principais desafios dos meios de comunicação no país neste contexto?
MR
– Voltar a desenvolver pautas próprias, exercer o seu papel investigativo, buscar a audiência pela qualidade de conteúdo.

4) RS – O que o senhor apontaria como ação prioritária para melhorar a cobertura do meios de comunicação no Brasil?
MR
– Investir na formação dos profissionais de comunicação, não apenas de quem cobre, mas de quem pauta, de quem decide. Acho que deveria haver uma aproximação com a universidade, a criação de núcleos dentro das redações que trouxesse ao profissional em formação a oportunidade de estar próximo da prática, de respirar o clima do cotidiano da profissão. Essa soma de esforços – o prático e acadêmico – certamente elevaria o nível dos profissionais e da comunicação como um todo.

5) RS – Para o senhor, quais as principais mudanças que as iniciativas no campo da sustentabilidade, associadas à revolução digital e tecnológica têm provocado na comunicação contemporânea?
MR
– Acho que ainda vivemos um processo de aprendizado e de evolução no quesito da sustentabilidade. O risco que vejo é o da sustentabilidade virar palavra de moda e ser consumida como tal, para legitimar ações que muitas vezes não passam de ações de marketing. A tecnologia e a sociedade digital, por outro lado, tem em suas mãos um poder magnífico de mudança, fundamentado no poder de mobilização e de multiplicação da informação. Se essas ações estiverem calcadas em posturas mais críticas e conscientes, podem provocar um novo movimento de consciência na sociedade. Talvez o grande mérito da revolução digital esteja na possibilidade dela poder produzir uma revolução intelectual e cultural, mas para isso tem que abandonar a superficialidade.

6) RS – Quais as novas oportunidades que a sustentabilidade corporativa abre para empresas do Brasil?
MR
– Como disse anteriormente, meu único receio é que sustentabilidade assuma um caráter meramente mercadológico, mas isso, só o amadurecimento da sociedade poderá frear. Lembro que quando a bola da vez era a responsabilidade social, muitas empresas rotulavam suas ações como tal, sendo que não passavam de ações de assistencialismo. Por isso temos que estar atentos, também, em relação à sustentabilidade. Fora esse detalhe, as verdadeiras políticas de sustentabilidade implementadas no meio produtivo de qualquer país abre uma perspectiva positiva de evolução social.

Estamos falando de posturas responsáveis e sustentáveis em níveis próximos de nós: em nossas casas, no chão de fábrica, na infraestrutura, nas questões públicas. As empresas que abraçarem verdadeiramente esses princípios ganham, transferem valores e multiplicam qualidade. A sustentabilidade também abre perspectivas para novos, pequenos e médios negócios, pode ampliar e empurrar a cadeia produtiva para cima e com isso ganha a sociedade, ganha o Estado, ganha o planeta.

7) RS – E qual sua opinião sobre a qualidade dos relatórios de sustentabilidade atualmente?
MR
– De um modo geral são bonitos, mas pouco eficazes. Ainda são feitos para poucos, quando, na minha opinião, deveriam ter uma linguagem de fácil compreensão, menos rebuscada, mais direta e estimulante. Muitos deles estão mais preocupados em mostrar uma boa qualidade editorial do que os resultados efetivos e conclusivos para o cidadão comum, para o seu funcionário, para o seu consumidor. Mas estamos no meio de um processo, ainda lidando com alguns conceitos do Século XX, em pleno Século XXI. Por isso acredito no aprimoramento dessa ferramenta.

8) RS – Qual a sua avaliação do momento atual e sua expectativa sobre o movimento da responsabilidade social das empresas no mundo e no Brasil?
MR
– Acho que o Brasil atravessa uma fase excepcional de sua história, sob o ponto de vista de imagem e perspectivas sociais. É a consequência de um projeto iniciado ainda no governo Fernando Henrique e que, de certo modo, teve continuidade nos dois mandatos do [ex] presidente Luis Inácio da Silva. Nesse período as empresas também acompanharam essa evolução e contribuíram para que ela ocorresse. Todos saíram bem na foto. Acho que a sociedade civil amadureceu e absorveu essa evolução, mas de outra parte, creio que o governo e a classe política não.

Quando se fala em sustentabilidade, de imediato se pensa em empresas e sociedade, mas se esquece de que a máquina política, que consome verba, que ainda é ineficaz em muitos aspectos e que para se retroalimentar produz cada vez mais e mais impostos. Acho que esse setor da sociedade ainda não aprendeu a lição, está perdendo o bonde da história, não é sustentável. De um lado, a sociedade brasileira, a produtiva, cresceu, mas de outro, o governo, ainda conserva os mesmos princípios de décadas passadas.

E como mudar isso? E como exigir essa mudança? Por meio da comunicação, mas que não seja pasteurizada e homogênea. Que seja uma comunicação que instiga a crítica e o questionamento, uma comunicação verdadeiramente forte e independente, e não a serviço de verbas publicitárias governamentais. Só assim se formarão mentes capazes de escolher com consciência e responsabilidade, de fortalecer a democracia por meio do voto. E mais uma vez a comunicação é a ferramenta para esse cominho.

9) RS – O que é, na sua opinião, responsabilidade social, econômica e ambiental?
MR
– Acho que é um conjunto de atitudes que não existem separadamente e se aplicam não só a instituições, como também a indivíduos. O princípio que norteou esses conceitos, o de devolver à sociedade em forma de benefícios parte daquilo que dela se obteve por meio da atividade econômica, e que, portanto, se aplicava exclusivamente às empresas e instituições, extrapolou os muros das fábricas e envolveu a sociedade como um todo. Responsabilidade social, econômica e ambiental se faz a partir de dentro de nossas casas, a partir de nossas atitudes enquanto indivíduos.

Empresas são, fundamentalmente, pessoas, portanto só realizam aquilo que as pessoas que nelas trabalham, determinam ou estão dispostas a fazer. Então é daqui da minha mesa, da minha casa, do meu núcleo familiar que nascem os princípios de responsabilidade ambiental, que levam você a não poluir, a não contaminar; é de onde nascem os princípios de responsabilidade econômica, que levam você a consumir de forma consciente e planejada; e é de onde nascem os princípios de responsabilidade social, que te levam a partilhar com os menos favorecidos, que te levam a assumir atitudes voluntárias que contribuam para a evolução da sociedade, e que te levem a cobrar, de forma consciente, mas contundente, ações e atitudes do Estado, na manutenção da saúde, educação, segurança e economia.


Mega Comunicação – Telefone: (11) 5576-5600

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Categoria: Entrevista Assuntos: Clima, Democracia, Meio Ambiente, responsabilidade ambiental, responsabilidade social, Sustentabilidade

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