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Lélio Fellows

Setembro 29, 2020 by admin Deixe uma resposta

Lélio Fellows é chefe da assessoria técnica do CGEE

Lélio Fellows é chefe da assessoria técnica do CGEE

A entrevista desta edição destinou-se a mostrar um pouco do mundo científico e de estudos em biotecnologia a serviço da sociedade. São trabalhos que ligados de maneira direta à vida dos cidadãos e, por isso mesmo, guardam em si o forte compromisso de serem socialmente responsáveis. O entrevistado é Lélio Fellows, chefe da assessoria técnica do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) – órgão responsável por promover e realizar estudos e pesquisas prospectivas de alto nível na área de ciência e tecnologia e por promover atividades de avaliação de estratégias e de impactos econômicos e sociais das políticas, programas e projetos científicos e tecnológicos. O pesquisador Lélio Fellows é engenheiro formado pela UFRJ, tendo passado por diversos cargos no governo, ocupando posições estratégicas no CNPq, no Ministério da Ciência e Tecnologia e na Presidência da República. Confira suas opiniões:

1) Responsabilidade Social – Para o senhor, o que significa Responsabilidade Social?
Lélio Fellows –
Responsabilidade Social é a percepção por parte de qualquer dos atores do processo de desenvolvimento, quanto aos efeitos diretos e indiretos de suas ações junto ao conjunto da sociedade, bem como a tentativa de que os mesmos tenham uma resultante positiva, nesse aspecto.

2) RS – Em que medida o CGEE pode atuar nesse campo?
LF –
O CGEE, tendo como tema central de sua atuação a visão de futuro e, mais do que isso, a visão de construção do futuro, ao adotar o conceito de responsabilidade social coloca o cidadão e a sociedade como alvo prioritário de suas preocupações.

3) RS – Quais são os benefícios que a biotecnologia pode proporcionar para a humanidade e Brasil?
LF –
Inúmeros e definitivos, o futuro hoje perceptível está intimamente associado às tecnologias ditas avançadas e às convergências dessas (Biotecnologia, TICs, Nanotecnologia e Cognitivas). Desse modo, somente poderemos participar desse futuro e sermos atores ativos na construção desse futuro na medida em que tenhamos conhecimento e domínio sobre essas tecnologias.

4) RS – A população brasileira está em risco com a chegada dos transgênicos?
LF –
Corremos risco desde que nascemos. O segredo é conhecer o assunto para poder avaliar esses riscos e saber tirar o melhor proveito da situação. Os transgênicos são uma realidade indesviável. Desse modo, temos de ter uma postura madura e responsável quanto aos mesmos e fazer com que essa realidade seja construída a nosso favor.

5) RS – Como o senhor avalia o sistema atual que leva medicamentos às camadas mais pobres da população? Qual o papel social das patentes e até que ponto a quebra desse direito, como o ocorrido com os medicamentos, pode beneficiar a sociedade e o direito à saúde da população?
LF –
Esse tema é complexo e multifacetado. Creio que o sistema que disponibiliza medicamentos às camadas mais pobres é um dos exemplos de função correta de governo que deve ser estimulada. Garantir condições de vida digna à toda a população talvez seja a síntese da função dos governos. Tenho percepção sobre a questão das patentes um pouco distinta da que atualmente se discute. Creio ser importante garantir o retorno financeiro a quem investiu tempo e dinheiro para a geração de conhecimento. Porém, são interesses individuais e privados que não devem e não podem se sobrepor aos interesses comuns da sociedade.

6) RS – Transposição do Rio São Francisco – muito se tem falado sobre esse tema. O que o senhor pensa sobre esse assunto?
LF –
Esse é um tema muito complexo cuja discussão técnica está muito contaminada pela visão política doutrinária levando, desse modo, a interpretações de pouca densidade. Acredito que é necessário separar as discussões e produzir avaliações técnicas (inúmeras já existem, mas quase sempre eivadas de preconceitos) de qualidade e densidade que possam efetivamente ser tomadas como fonte primária para a reflexão política e a conseqüente tomada de decisão.

7) RS – A crescente demanda por novas fontes de energia está cada vez mais presente nas pautas de discussões em diversas instâncias, governamentais e não-governamentais. Como o senhor vê esse desafio e qual seria o caminho para o Brasil ser auto-suficiente em energia e cumprir o papel social de levar a luz para todas as residências e empresas desse país?
LF –
A energia é um dos temas centrais de qualquer agenda de Futuro. O Brasil é detentor de uma matriz energética limpa (a mais limpa do mundo) e detentor das maiores potencialidades mundiais em energias renováveis da biomassa. Creio que deveríamos nos concentrar nessas características e saber transformar essas condições em aspectos altamente diferenciadores positivamente para o país nos próximos tempos. Esse é um dos aspectos positivos do país sobre o qual não existem questionamentos de peso.

8) RS – Soberania Nacional e internacionalização da Amazônia: Quais os possíveis impactos dessa internacionalização? Esse fato é real ou especulação?
LF –
Hoje, em meu entender, é mais especulação do que fato real. Porém, devemos ter a consciência da dimensão, da complexidade e dos reflexos da Amazônia para o mundo como um todo e mostrarmos que podemos ser os guardiões desse bem da humanidade. Isso somente poderá ser feito com a responsabilidade sobre a utilização dos recursos amazônicos garantida pelo desenvolvimento e detenção do conhecimento daquele ecossistema.

9) RS – Visto que uma das finalidades do CGEE é a realização de estudos prospectivos (visão de futuro e longo prazo para ciência e tecnologia), quais são os impactos sociais desse tipo de trabalho?
LF –
Os impactos de estudos de futuro estão relacionados à utilização desses como elementos de auxílio à tomada de decisão nas mais variadas formas. O CGEE procura garantir aos resultados por ele produzidos algumas características indispensáveis a essa utilização, quais sejam: 1) Qualidade Técnica – garantida pela utilização da melhor competência disponível no país e, eventualmente no exterior; 2) Considerar o Contraditório – assegurar a isenção a partir da análise de todos os pontos de vistas sobre o tema em estudo, sem exclusão a priori de qualquer que seja; 3) Responsabilidade Ética – Realizar todos os trabalhos em observâncias aos princípios éticos e morais. Esses componentes asseguram que os trabalhos realizados pelo CGEE podem conduzir a resultados que sempre se converterão em resultados positivos quanto aos impactos sociais.


CGEE – E-mail: lelio@cgee.org.br

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Categoria: Entrevista

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