Cristiane Ostermann é integrante da Rede Ethos de Jornalistas e sócia-fundadora da Signi Comunicação para Responsabilidade Social. Cristiane também é responsável pelo programa Gestão Responsável, projeto independente da Radioativa Produtora, veiculado às sextas-feiras, às 7h20min, pela Rádio São Francisco (Rio Grande do Sul). Dedicado à divulgação do conceito de responsabilidade social empresarial, o programa Gestão Responsável mostra as ações socialmente responsáveis das empresas da Serra Gaúcha. O projeto tem o apoio institucional do Instituto Ethos – Empresas e Responsabilidade Social e da Parceiros Voluntários de Caxias do Sul. Na entrevista a seguir, veja como Cristiane Ostermann tem reforçado o movimento em prol da responsabilidade social empresarial:
1) Responsabilidade Social – O que é e como é desenvolvido o programa Gestão Responsável?Christiane Ostermann – O Gestão Responsável é um programa de rádio, de três minutos de duração, veiculado pela Rádio São Francisco SAT, de Caxias do Sul (RS). É um projeto independente, da Radioativa Produtora, editado e apresentado pela jornalista Cristiane Ostermann. Objetiva, basicamente, divulgar o conceito de responsabilidade social empresarial e mostrar exemplos de empresas engajadas com a gestão socialmente responsável. Ele é semanal (sextas, 7h20min) com reprises às sextas, 22h, e aos sábados, às 12h. É disponibilizado também no site http://www.gestaoresponsavel.com.br e a um mailing de empresas, fundações, institutos, formadores de opinião vinculados ao tema.
2) RS – Como o programa Gestão Responsável define o conceito de responsabilidade social (pergunta padrão que usamos em todas nossas entrevistas)?
CO- Utilizamos o conceito do Instituto Ethos. RSE é uma forma de gerir os negócios, na qual a empresa se torna parceira na construção de uma sociedade sustentável. Pressupõe uma relação ética e transparente com todos os públicos com os quais a empresa se relaciona (stakeholders).
3) RS – Falar sobre responsabilidade social dá audiência?
CO – Não dispomos de pesquisa que possam comprovar a audiência do programa especificamente. Ele é veiculado num dos horários de maior audiência da emissora. O que percebemos é o grande interesse de empresários da região da Serra em participar do programa. Acreditamos que isso seja uma construção. É um tema ainda novo e sobre o qual ainda há muitas dúvidas e imprecisões conceituais. O Gestão Responsável faz um trabalho de formiguinha, mostrando que a RSE não é apenas o que a empresa faz para a comunidade (ação social ou investimento social privado, em alguns casos), é uma estratégia que envolve todos os públicos da empresa. As empresas estão preparadas para falar de ação social e, em poucos casos, de RSE. Esse é o caminho que temos que construir.
4) RS – Estamos acostumados a ler sobre responsabilidade social. A idéia de se usar o rádio é inovadora e mais do que bem-vinda. Sendo o rádio um veículo de comunicação de massa, qual sua avaliação sobre o impacto dessa mídia na difusão da responsabilidade social?
CO – Sou suspeita para falar do rádio. Sou completamente apaixonada pelo veículo. Acho que o programa pode dar, sim, uma contribuição muito importante para o movimento da responsabilidade social empresarial. É um veículo quente, que nos acompanha em várias situações. Entendo que o fato de um empresário ouvir no rádio o exemplo de um outro empresário pode funcionar muito. O testemunhal de viva voz agrega credibilidade e veracidade.
5) RS – Quem é o público do Gestão Responsável? Qual a receptividade da audiência à proposta de difundir um conceito como o de responsabilidade social?
CO – O programa é direcionado aos empresários, em primeiro lugar, e à sociedade em geral, secundariamente. Nossa idéia é atingir o empresário para que ele se sensibilize com as boas práticas divulgadas no programa. Mas isso interessa a todos. O consumidor consciente é um vetor muito importante na expansão e no fortalecimento desse movimento.
6) RS – Como você avalia o comprometimento das empresas brasileiras com a cidadania empresarial?
CO – Prefiro falar das empresas do Rio Grande do Sul. Cresce o interesse por esse tema, mas ainda muito restrito a algumas grandes companhias. Apesar do esforço do Instituto Ethos, por exemplo, ainda persiste uma grande confusão entre ação social e responsabilidade social. Temos empresas em vários níveis, e um grande trabalho pela frente no sentido de compreensão conceitual.
7) RS – Qual o papel do jornalista ou profissional de comunicação na promoção da responsabilidade social?
CO – O jornalista tem um papel fundamental. Além de ter o dever de pesquisar e buscar informações precisas sobre o tema (o que ainda não acontece em grande escala), tem a responsabilidade de ser um cidadão socialmente responsável. É preciso estender o conceito do âmbito empresarial para o individual. Podemos todos estabelecer relações éticas e transparentes com todos os públicos com os quais nos relacionamos.
8) RS – Quais os próximos passos e perspectivas para o Gestão Responsável?
CO – O Gestão Responsável foi aceito editorialmente pela Rádio Gaúcha, de Porto Alegre, principal emissora de radiojornalismo do Sul do País. Em breve, deveremos estar veiculando o programa nessa emissora, ampliando o espectro de empresas abordadas e atingindo uma grande audiência.
Entre em contato: O Gestão Responsável é transmitido pela Rádio São Francisco SAT, sextas às 7h20min, com reprises às 22h40min e aos sábados, às 12h. E-mail: cristiane@signi.com.br
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