Muitos brasileiros podem se perguntar se no curto prazo a onda de manifestações, que mobilizaram cidades de todos os cantos do País no último mês, teve resultados concretos. Ainda é cedo, naturalmente, para avaliar o impacto, mas uma coisa é certa: o Congresso Nacional nunca trabalhou tanto.
No período entre todo o mês de junho e a primeira semana de julho, Câmara e Senado votaram juntos 37 propostas entre projetos de lei, propostas de emenda à Constituição, medidas provisórias e projetos de resolução (que criam cargos e destina verba a órgãos públicos). No mesmo período do ano passado, as duas Casas votaram 32 propostas. Em 2011, primeiro ano da atual legislatura, tinham sido 33.
Os dados foram levantados pelo portal G1, que não considerou requerimentos, pareceres e decretos legislativos (que confirmam acordos internacionais). Vale lembrar que no período de junho e julho, o Congresso tradicionalmente fica esvaziado devido às festas juninas no Norte e Nordeste do País que atraem os parlamentares da região e ao recesso parlamentar de julho.
Neste ano, além de a produtividade ter sido um pouco superior à dos anos anteriores, a principal diferença foi no teor dos projetos. Mais do que nos anos anterioress, deputados e senadores aprovaram mais propostas de caráter social, que têm impacto direto na vida da população.
Enquanto em 2011 e 2012 o Congresso votou aumento de cargos públicos, neste ano a maioria dos projetos se referiu a melhorias em saúde e educação, pleito das manifestações, além de propostas de combate à corrupção, outra bandeira dos manifestantes.
Sob essa perspectiva é possível afirmar: valeu a pena!
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